domingo, dezembro 19, 2010

Aprendendo com Guimarães Rosa

No mundo de hoje temos um choque de culturas em função do uso crescente das tecnologias da informação e do conhecimento. De um lado temos os mais jovens e algumas pessoas já iniciadas nessa área (chamados de nativos digitais ou mais recentemente residentes) e de outro a grande maioria da população, ainda distante das tecnologias, arriscando-se em alguns momentos nesse novo mundo (os imigrantes ou  visitantes). Na verdade existe um abismo entre essas duas culturas. Em especial nas Universidades um diálogo entre elas  ainda está para começar.



Veja em mais detalhes o perfil dessas duas personas no contexto das diversas gerações que habitam o nosso mundo:

Nativos  versus Imigrantes Digitais

Precisamos construir diálogos entre essas duas culturas para que com as tecnologias consigamos aprimorar o processo de aprendizagem de nossos alunos. Somente a facilidade no trato das tecnologias não leva a nada. Por outro lado os professores necessitam criar ambientes de ensino e aprendizado na qual os jovens se sintam à vontade e construam de forma autônoma, junto com seus pares, o seu conhecimento. Isso exige o uso de novas pedagogias e novas estratégias de ensino

 Precisamo aprender, por exemplo, com Guimarães Rosa, que como um caboclo letrado, conseguiu unir os mundos do  sertão e da modernidade de então.

 "A escrita literária de João Guimarães Rosa apresenta o diálogo entre culturas, o que contribui para uma leitura ativa. As vozes das narrativas de Rosa encenam modos de reconhecer e construir o heterogêneo mundo do século XX, o Brasil sertanejo e a América Latina em constante tensão entre o arcaico e o moderno.
 Sarah Maria Forte Diogo"

 O professor Riobaldo, em Grande Sertão: Veredas onde esse diálogo prevalece:

 Entramos no meio deles, misturados, para acocorar e prosear caçamos um pé de fogo. Novidade nenhuma, o senhor sabe - em roda de fogueira toda conversa é miudinhos tempos




Um comentário:

Christian Fernandes disse...

Prezado Antônio Mendes,

creio que faço parte do grupo de pessoas que se arriscam, eventualmente, a utilizar novas tecnologias como ferramenta de ensino ou mesmo para o lazer. Faço parte de uma geração que viu os PC´s se tornarem populares(década de 1990). Mas ainda estou aprendendo como utilizar estas novas tecnologias de forma eficiente para educar. Tento evitar o que considero apenas modismo e utilizar algo que realmente seja útil. Acho seu blog bem interessante porque ele tem uma "cara" descontraída. Ele é convidativo!Com relação à tétrade de McLuhan penso que a principal característica do seu blog é incitar a extensão do conhecimento. Fica evidente que você sempre tenta "levantar a bola de algum assunto" para que os leitores possam pensar sobre ele e comentar. Um abraço. Christian