domingo, abril 07, 2013

Ciclo de ReConhecimento de Design Thinking - Contribui



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segunda-feira, abril 01, 2013

A ABUNDÂNCIA DE INFORMAÇÃO NO MUNDO DE HOJE


Hoje o importante não é o conhecimento em si, mas a habilidade das pessoas  em tratar a grande quantidade de conhecimento à disposição. O conhecimento  explodiu. Antes estava concentrado nas bibliotecas, nas enciclopédias, nos  livros.  Hoje está por toda a parte, fragmentado. Encontramo-lo nas redes  virtuais,  nas pessoas, nas organizações. Cada vez mais temos possibilidade de acesso  a mais conhecimento, mais do que temos condições de manusear. A maior socialização, o crescimento de conexões, entre outros fatores, estão acelerando o processo de crescimento e mudança do conhecimento. Nossa capacidade de prestar atenção foi ultrapassada. Temos cada vez mais opções competindo para a nossa atenção.




Obsolescência do Conhecimento

O conhecimento deprecia muito rapidamente quando novos conhecimentos são  constantemente criados.  A meia vida do conhecimento ( veja o conceito logo abaixo ) está baixando ao longo do tempo. Em áreas mais dinâmicas  a expectativa de conhecimento relevante e atualizado através de anos ou décadas, foi agora reduzida para meses ou anos. Há 50 anos atrás, a educação preparava um indivíduo para toda  a sua vida profissional. A educação  formal criava a pessoa e a oportunidade de trabalho. Hoje,  a oportunidade de trabalho  tem que ser criada ao longo da vida, com o crescimento do  aprendizado informal e por demanda. 

Meia vida do conhecimento

É o tempo necessário para que a metade do conhecimento  num certo campo torne-se obsoleto devido a novos desenvolvimentos, pesquisas, inovações. Áreas de alta  tecnologia, como Informática, comparadas a áreas como  Matemática, tem meia vida menores. Na própria Matemática, a meia vida a 50 anos atrás era maior do que hoje.


Ansiedade da Informação

O excesso de informação e conhecimento tem outro tipo de desvantagem, provoca angústia, ansiedade nas pessoas.  Muitas pessoas acham que estão ficando para trás na carreira ou nos relacionamentos pessoais, enquanto os outros, com o uso da internet, estão fazendo as coisas certas,  estão completamente atualizadas, lendo os sites e usando os programas mais adequados. Quanto mais sabem, mais inseguros ficam. Richard Wurman autor americano, mesmo  antes da internet estourar, já prévia a síndrome dos nossos tempos, a Ansiedade de Informação, um componente do stress do dia a dia das pessoas, o buraco negro entre os dados disponibilizados e o  conhecimento. No seu primeiro livro sobre o assunto, o autor coloca os vários sintomas  que permitem que você verifique se já sofre da Ansiedade da Informação e disponibiliza uma “ dieta de baixa caloria “ para que você não fique obeso de informação ( participe da pesquisa abaixo e verifique  quão estamos afetados ). Para contribuir com o problema o autor já lançou vários livros, inclusive dois sobre a própria Ansiedade da Informação.


Como Sobreviver

Trabalhar com abundância de conhecimento requer novas  habilidades. O que diferencia uma pessoa de outra hoje é a capacidade de escolher os dados necessários, e  transformá-los em conhecimento para ser usado em proveito próprio. Isso é complexo, e é a razão do fato de  que as pessoas ficam ansiosas. Acertar um alvo em  movimento ( o conhecimento de hoje ) é diferente de acertar   um alvo que não se move ( conhecimento a algumas décadas). A compra de um produto hoje pode ser um problema, as suas especificações são móveis ( cada dia é acrescida uma nova funcionalidade ). Não é à toa que em feiras de informática algumas empresas, para sensibilizar os compradores indecisos,   colocam cartazes: 
Faça a sua compra hoje - Compromisso Formal - Garantimos que não
 lançaremos produtos novos nos próximos meses

Estamos no segundo dilúvio ! Nem tudo está acessível, mas tudo  está fora de alcance.
Roy Ascott

Pierre Levy, em Educação e Cybercultura – 
 Nova Relação com o saber, afirma:

A emergência do ciberespaço não significa em absoluto que “tudo” esteja enfim acessível, mas que o tudo está definitivamente fora de alcance.  O que salvar do dilúvio? O que é que colocaremos na arca? Pensar que poderíamos  construir uma arca que contivesse o “principal”  seria precisamente ceder à ilusão da totalidade.Todos nós, instituições, comunidades, grupos humanos, indivíduos, necessitamos construir um significado, providenciar zonas de  familiaridade, domesticar o caos ambiente”


Precisamos de habilidades e ferramentas para sobreviver ao dilúvio de  informações
 que somos submetidos no dia de hoje ( na verdade é um dilúvio de dados, pois
muitas vezes não conseguimos dar significado aos  outdoors, aos panfletos 
oferecidos no sinal de trânsito, aos programas de televisão, às propagandas dos
 políticos, às paginas da Internet que navegamos todo o dia, às postagens nas 
redes sociais ). Como foi para Noé, o desafio que temos é saber escolher o que
 salvar do dilúvio, o que  colocar na arca. Quanto mais agirmos hoje como Noé,
 maior a possibilidade de “ salvarmos o nosso mundo”.

Nossa Era da Ansiedade é , em grande parte, o resultado de se tentar executar as tarefas do dia a dia com ferramentas de ontem.
Marshall McLuhan


Enquete: Contribua para levantarmos o perfil do cidadão do mundo de hoje no seu relacionamento com o conhecimento

Você certamente está com a síndrome do mundo moderno, a Ansiedade da Informação. Qual dos sintomas abaixo caracteriza mais o seu comportamento em relação ao conhecimento?
Sou um comprador compulsivo de aparelhos digitais
Fico preocupado com a minha pilha crescente de artigos, livros , sites a serem lidos
Não consigo seguir as instruções dos manuais dos equpamentos que possuo
Nunca digo que não sei ou não conheço alguma coisa citada num bate papo
Por mais esforço que faço não consigo acompanhar o que acontece à minha volta
 
 

Este texto foi baseado numa reconstrução pessoal do livro Thinking Knowledge, de George Siemens ( construído de forma colaborativa, disponível nas livrarias e 
disponibilizado na internet de forma gratuita no site
http://www.knowingknowledge.com/book.php ).