sexta-feira, dezembro 31, 2010

Passeio em Belo Horizonte
Passe o mouse sobre a figura e clique em + para dar uma volta pela Praça da Liberdade em BH



domingo, dezembro 19, 2010

Aprendendo com Guimarães Rosa

No mundo de hoje temos um choque de culturas em função do uso crescente das tecnologias da informação e do conhecimento. De um lado temos os mais jovens e algumas pessoas já iniciadas nessa área (chamados de nativos digitais ou mais recentemente residentes) e de outro a grande maioria da população, ainda distante das tecnologias, arriscando-se em alguns momentos nesse novo mundo (os imigrantes ou  visitantes). Na verdade existe um abismo entre essas duas culturas. Em especial nas Universidades um diálogo entre elas  ainda está para começar.



Veja em mais detalhes o perfil dessas duas personas no contexto das diversas gerações que habitam o nosso mundo:

Nativos  versus Imigrantes Digitais

Precisamos construir diálogos entre essas duas culturas para que com as tecnologias consigamos aprimorar o processo de aprendizagem de nossos alunos. Somente a facilidade no trato das tecnologias não leva a nada. Por outro lado os professores necessitam criar ambientes de ensino e aprendizado na qual os jovens se sintam à vontade e construam de forma autônoma, junto com seus pares, o seu conhecimento. Isso exige o uso de novas pedagogias e novas estratégias de ensino

 Precisamo aprender, por exemplo, com Guimarães Rosa, que como um caboclo letrado, conseguiu unir os mundos do  sertão e da modernidade de então.

 "A escrita literária de João Guimarães Rosa apresenta o diálogo entre culturas, o que contribui para uma leitura ativa. As vozes das narrativas de Rosa encenam modos de reconhecer e construir o heterogêneo mundo do século XX, o Brasil sertanejo e a América Latina em constante tensão entre o arcaico e o moderno.
 Sarah Maria Forte Diogo"

 O professor Riobaldo, em Grande Sertão: Veredas onde esse diálogo prevalece:

 Entramos no meio deles, misturados, para acocorar e prosear caçamos um pé de fogo. Novidade nenhuma, o senhor sabe - em roda de fogueira toda conversa é miudinhos tempos




Viagem pelo Rio São Francisco

Globo Reporter - Quinta-feira, 20/03/1986
Januária (MG), é uma das maiores cidades às margens do Rio São Francisco. Cachaça é a marca registrada do município. Zona rural concentra vários alambiques. Um deles pertence à família Pimenta.

quinta-feira, dezembro 16, 2010

Veja a nuvem de tags do nosso blog: as palavras mais utilizadas. Com isso você tem um perfil do mesmo. Passe o mouse sobre a nuvem e pesquise no Google sobre as tags do Botequim.

domingo, dezembro 12, 2010

Blog, o terceiro espaço 
onde exerceremos de forma crescente nossos relacionamentos, nossas conexões em rede

O homem como um ser que vive em comunidade necessita de espaços de convivência. Normalmente temos a casa e o serviço. Além desses o homem necessita de espaços informais de convívio, como bares, shoppings, campos de futebol. Esse terceiro espaço é vital na formação da sociedade civil e na preservação de sua cultura. Pelo mundo são famosos os cafés de Paris, os pubs de Londres, as casas de chá de Toquio e até os botequins de Belo Horizonte (A Town Where All the World Is a Bar / Uma Cidade Onde o Mundo é um Bar ). São locais onde as pessoas podem se congregar e socializar, onde relacionamentos informais acontecem regularmente. São locais atraentes, que podem se tornar o mundo dos seus participantes.


Nesse Botequim - Ivan Lins

Um terceiro espaço público e físico (offline), onde podemos, por exemplo, manter conversas de botequim com os amigos, deve ter as seguintes características principais:
  • Deve ser gratuito ou ter uma entrada bastante em conta
  • Deve ser bastante acessível, de preferência devemos poder chegar até lá a pé, a partir de nossas casas
  • Diariamente devemos encontrar nesse espaço um número significativo de pessoas
  • As pessoa devem se sentir bem-vindas, deve ser fácil de se entabular conversas, encontrar velhos amigos e iniciar novas amizades
Os nossos pais ou avós tiveram o privilégio de contar com esse tipo de espaço na própria rua onde moravam, à noite em vez de ver televisão, pegavam suas cadeiras e iam para a rua interagir com os vizinhos. Hoje infelizmente esses espaços estão em extinção, nos poucos existentes, as pessoas tem receio de participar, em função de problemas de segurança. Nas grandes cidades, principalmente nos subúrbios esses espaços simplesmente não existem para a maioria da população. Isso tem implicações sérias em termos de socialização, no aumento de tensão nos relacionamentos humanos. É cada vez mais difícil fazermos e cultivarmos amizades. As pessoas praticamente não conhecem seus vizinhos. A falta do terceiro espaço, associada às pressões do trabalho, tem feito as pessoas ficarem cada vez mais isoladas.
Em razão de tudo isso a Internet, especialmente com as suas redes sociais, está crescendo como o terceiro espaço de muitas pessoas. Nos Estados Unidos um quarto dos casamentos hoje tem sua origem nos relacionamentos online. Nesses espaços as pessoas podem assumir sua identidade, contribuindo com conteúdos e diálogos, e exercer papéis diversos nas comunidades virtuais existentes. Da mesma forma, podem adquirir um senso de comunidade, participando de um ambiente que é publico, um bem comum, mas que lhe pertence, do qual é parte integrante. Esse é um desafio para as pessoas participantes e responsáveis pelas comunidades virtuais: criar e viabilizar o terceiro espaço do mundo de hoje, ... sem entretanto esvaziar os botequins da vida. Dizem que as grandes idéias de Einstein surgiram nas conversas com os amigos nos bares. Hoje temos a oportunidade que inovar a teoria da relatividade nas nossas conversas de blogs





domingo, dezembro 05, 2010

 Ser professor é uma cachaça

 A professora do Departamento de Física da UFMG Beatriz Alvarenga abriu a sua apresentação no perCurso de formação de  docentes da UFMG, dizendo que ser professor é como uma cachaça. Muitos dos professores concordaram com a analogia, provavelmente apreciadores da bebida  (com a ressalva: desde que seja cachaça do norte de Minas), outros nem tanto. Durante o processo de formação desses docentes o tema foi discutido através dos fóruns existentes: o sentido, os desafios, as vantagens e desvantagens de se ser professor. O evento se inseriu dentro de um processo iniciado pela UFMG de valorizaçao do papel do professor no processo de ensino e aprendizado de graduação. É uma programação que ocorre todos os anos, promovido pelo projeto  GIZ – Rede de Desenvolvimento de Práticas de Ensino Superior, que  tem como finalidade o aprimoramento das metodologias de ensino superior utilizando novas tecnologias e possibilitando a reflexão contínua da prática docente.

Da mesma forma como muitos tem suas restrições à cachaça,  sem  valorizar os seus aspectos culturais ou gastronômicos, várias pessoas também não valorizam  a profissão de professor. É comum o caso  nas Universidades onde pessoas são contratadas como professores, mas despresam as atividades de ensino e aprendizado, agindo mais como pesquisadores ou administradores. Nesse contexto se insere a ação do projeto GIZ da UFMG, valorizar  a ação docente, colocá-la como um desafio aos professores e tutores dos seus diversos cursos, de forma que sejam criados novos e inovativos ambientes de aprendizado, focados mais na ação dos alunos. A realidade do mundo de hoje exige que o professor além da dedicação, motivação e persistência (o "vício" da cachaça) agregue um maior conhecimento das pedagogias e  tecnologias de intermediação necessárias à realidade de suas aulas e de seus alunos.

 Os professores e a cachaça

Além da analogia da professora Beatriz, que auxilia a algumas pessoas a entender o papel do professor, no nosso país o relacionamento desses profissionais e a bebida preferida dos brasileiros é mais antiga do que se imagina. O professor Pedro Paulo, de Carangola em Minas Gerais, na postagem Cachaça: uma pro santo e outra para o professor no seu blog História Pensante, nos mostra como no Brasil começou esse relacionamento. Nas suas palavras:



Pombal, bastante influenciado pelas propostas dos pensadores iluministas .....procurou, entre outras coisas, adotar medidas que minimizassem a influência da Igreja Católica nas orientações governamentais portuguesas. Uma dessas ações foi a expulsão da Companhia de Jesus do Brasil, na década de 1750. Os jesuítas, entretanto, eram responsáveis por mais de 80% dos poucos colégios no território brasileiro. Sua expulsão criou um enorme problema para a Metrópole, pois não se sabia quem iria assumir o espaço deixado pela Companhia de Jesus.

A solução foi encontrada nos anos de 1762 e 1763. O governo português ficaria responsável pela educação da população no território ultramarino, por meio da criação de escolas públicas. Se, por um lado, a iniciativa resolvia parte do problema, por outro fazia surgir um imbróglio: para educar, professores deveriam ser contratados, e isso implicaria pagamento de salários. Mas de onde sairia o dinheiro? ...A saída foi a criação de um novo tributo para sustentar essa atividade. Porém, mais uma encrenca tomava vulto: o que poderia ser tributado? Os escravos já eram objeto de tributação; ouro, diamante, açúcar, charque, passagem dos rios também, além de tantos outros que a lembrança pudesse alcançar.

Sugeriu-se, então, tributar um artigo comum em todo o território brasileiro e que, portanto, geraria renda suficiente para pagar o salário dos professores: a aguardente de cana-de-açúcar, conhecida como cachaça. Conforme as leis vindas da Metrópole, para cada tonel de 30 litros de cachaça seriam cobrados mil e quinhentos réis (1$500) a título de "subsídio literário" ..:. nome dado a esse novo tributo - e o dinheiro deveria ser revertido ao pagamento dos professores.

Ouça um resumo da postagem:


Apreciando ou não a cachaça, pelo jeito os professores tem uma dívida para com a aguardente. Muitos fazem o seu tributo  tendo um contato degustativo com a mesma, que chega a ser diário. Você também  pode ter um contato (visual), degustando as figuras abaixo que mostram algumas das imagens de Minas Gerais  existentes no Flickr sobre esse tema.




domingo, novembro 14, 2010

Contando histórias nos Blogs

Era uma vez um jovem que vivia numa pequena cidade no interior de Minas, lá para os lados do fim do mundo. Ele era muito preocupado com o progresso, com as novidades. Um dia, numa visita à cidade grande, foi apresentado a um tal de computador. Maravilhado, uma dúvida logo veio à cabeça:
O computador vai substituir as pessoas no nosso trabalho, na escola ? Matutando ele decidiu: vou perguntar ao meu mestre, lá na roça, ele sabe tudo. Mestre será que um dia um computador vai substituir a gente?
Ai o mestre respondeu: Essa é uma estória complicada.Só tem um jeito de saber, chegue perto do bicho e faça a mesma pergunta. Se ele responder algo do tipo:
“ Essa sua pergunta me lembra aquele causo do .....” ,
fique preocupado. Quando o computador começar a contar causos , ele é mais do que uma simples máquina. Pense nos professores que marcaram a sua vida, eram certamente contadores de causos!
Espantado ele retrucou: Mas mestre, meus professores atuais nunca me contaram nenhuma estória, nem um causo! Será que eles são máquinas? Bem que eu já estava desconfiado.
Essa resposta ficou marcada na mente do jovem, a partir dessa conversa ele e sua dúvida viveram não tão felizes para sempre...

A nossa indentidade pessoal e cultural pode ser revelada pelas histórias que contamos. Segundo Garcia Marquez “ Nossa vida não é aquela que vivemos, mas aquela que lembramos, para poder contar sua história”
No mundo contemporâneo, a figura do contador de histórias está intimamente ligado ao incentivo da leitura, ao entretenimento cultural e à difusão do folclore regional. E a maneira com que é transmitida a história contada, também encontra novas técnicas e formas, mescladas a antigas, tais como o teatro de fantoches e de formas animadas, o teatro de bonecos e a pantomima. Todo professor deve ser um contador de histórias, mesmo que não se ache capaz deve tentar localizar dentro de si esse personagem importante no processo de ensinar e aprender.


O grande desafio está como contar as história de forma cooperativa nos novos ambientes da Internet. Em muitos desses ambientes (blogs, redes sociais) as diversas histórias são desconexas, não mobilizam a comunidade, não continuam, não induzem problemas  a serem resolvidos. É comum o caso de participantes de uma comunidade que colocam suas histórias simplesmente para ocupar um espaço, projetar a imagem de um possível especialista na área ou para cumprir um papel formal. Outros somente trazem conflitos, desmotivando os participantes. Precisamos aprender a contar histórias nesses novos ambientes, criar mecanismos de interligação das pequenas histórias (postagens), para sustentá-las durante mais tempo e dar aos participantes papeis efetivos de participação, por mais difícil e complicado que isso seja.
Veja em mais detalhe: Comunidades: Era uma vez ... A importância de se contar histórias



Rolando Boldrin e o caso da onça
Degustação Musical

domingo, outubro 10, 2010

Oficina GIZ - Criação de Blogs

Crie o seu próprio Blog, estabeleça uma identidade na web. Publique junto com amigos, colegas e alunos informações de interesse mútuo. Discuta e dialogue com sua audiência. Torne-se um blogueiro.


Faça Comentários. Questões Norteadoras:



    • Por que eu devo ter um blog?

    • Qual é a minha indentidade na Internet?

    • Que mudanças um blog propicia em relação aos espaços convencionais existentes inclusive na própria Internet?

    • Em que contexto o meu blog será inserido?


    O autor David Thornburg num dos seus textos aborda o conceito de Ambientes Interativos de Aprendizagem. Segundo ele, para que uma pessoa aprenda há necessidade da existência desses ambientes. Hoje eles tendem a desaparecer, o que justifica os problemas que temos com a educação ( não somente na escola ).

    Tempos atrás as crianças, além da escola, aprendiam também em casa: durante o jantar toda a família se reunia e conversava, hoje, cada um tem um horário diferente, e quando estão juntos na mesa, comem vendo televisão. Da mesma forma quando brincavam iam para a rua, construíam seus próprios brinquedos. Hoje recebem brinquedos prontos e não tem local para usá-los, a não ser o próprio quarto ou a garagem do prédio. O autor coloca que um desafio do mundo de hoje é a recuperação dos ambientes interativos de aprendizagem no mundo da internet.

    Com os blogs podemos voltar aos ambientes interativos de aprendizagem, Segundo o autor podemos ter vários desses ambientes, no presencial e no virtual,  que ele colocou na forma de metáforas:


    Ambientes
    Metáfora
    Objeto
    Domínio: Aprendizado
    Na Escola tradicional
    Na Escola com Blogs



    FOGUEIRA



    Exposição


    Aula expositivas


    Vídeo no Youtube




    POÇO D`ÁGUA



    Interação


    Recreio


    Discussões nos Comentários




    CAVERNA




    Reflexão


    Biblioteca


    Interpretação das colocações




    OFICINA
     (Vida)



    Construção


    Laboratório


    Edição de mídias




    CAÇADA
    (Vida)



    Descoberta


    Gincana


    Pesquisas nos blogs existentes





    VIDA



    Realidade


    Visita ao museu


    Interação com personalidades



    Qual das metáforas acimas podemos ver no seu curso ? COLOQUE UM COMENTÁRIO.